domingo, 16 de janeiro de 2005

Real de a ocho

Cipolla fala-nos de uma época, que começa na escassez de material precioso. É traçado o retrato de um império que despoletou uma união monetária inesperada, intercontinental, sem requisitos de união política. O autor dá conhecer de que modo a exportação incessante da prata, extraída das minas das novas colónias nas Américas, para o resto do mundo, desencadeou uma difusão súbita sem precedentes de moeda com valor de troca.
Ficamos a saber que a prata importada das Américas, por Espanha, tornou possível cunhar moeda - “real de a ocho” – que em todo o mundo “civilizado” da segunda metade do Século XV manteve um valor de unidade monetária efectiva, sustentando as transacções comerciais entre povos.
Conta-nos ainda, como os espanhóis não perderam tantas embarcações ao serviço da exportações de minério para o velho continente, como a mitologia marítima faz crer, mesmo não sendo marinheiros de primeira água. Para além de tantos outros detalhes preciosos da colonização espanhola das Américas.

Uma leitura interessante.

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