Cipolla fala-nos de uma época, que começa na escassez de material precioso. É traçado o retrato de um império que despoletou uma união monetária inesperada, intercontinental, sem requisitos de união política. O autor dá conhecer de que modo a exportação incessante da prata, extraída das minas das novas colónias nas Américas, para o resto do mundo, desencadeou uma difusão súbita sem precedentes de moeda com valor de troca.
Ficamos a saber que a prata importada das Américas, por Espanha, tornou possível cunhar moeda - “real de a ocho” – que em todo o mundo “civilizado” da segunda metade do Século XV manteve um valor de unidade monetária efectiva, sustentando as transacções comerciais entre povos.
Conta-nos ainda, como os espanhóis não perderam tantas embarcações ao serviço da exportações de minério para o velho continente, como a mitologia marítima faz crer, mesmo não sendo marinheiros de primeira água. Para além de tantos outros detalhes preciosos da colonização espanhola das Américas.
Uma leitura interessante.
domingo, 16 de janeiro de 2005
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