sexta-feira, 5 de outubro de 2007

sábado, 29 de setembro de 2007

Ecos de Leaves of Grass



I too am not a bit tamed, I too am untranslatable,
I sound my barbaric YAWP over the roofs of the world.
Walt Whitman

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

sexta-feira, 25 de maio de 2007

Complexidades



Relativity


















Escher

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Missão Cassini a Saturno

Imagens de espanto como esta e outras no link da National Geographic Magazine (clicar no título do post).

Leituras

"(...)a Vida imita a Arte muito mais do que a Arte imita a Vida. Isto resulta não apenas do instinto imitativo da vida, mas do facto de o fim confesso da Vida ser o de encontrar expressão, e o de a Arte lhe oferecer algumas formas belas através das quais poderá realizar a sua energia."

Oscar Wilde in O Declínio da Mentira

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Leituras

É antes de mais uma fábula. Vale pela crónica que narra, pela forma deslizante como a seguimos, onde encontramos retratos de pequenos dramas e comédias humanas. Serve ainda pelo seu efeito metafórico. Evoca as dissonâncias do nosso tempo, as contradições que mundos próximos, mas apartados, induz nas relações humanas. É um “livrinho” que cumpre o seu papel de entretém, que nos leva em passagens por uma escrita elaborada. Desvenda diálogos pontuados por humor. Retrata personagens tão irreais, quanto próximas pelos seus traços. Merece!

"A Morte é um dia como os outros - só que acaba mais cedo." (pag. 13)

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Le penseur

Réplica da obra "Le penseur" de Rodin, numa fotografia de Bernard Shaw, por Alvin Coburn. O escritor irlandês que sabia pulvilhar a sua literatura de uma ironia cortante, explicou esta fotografia, defendendo que na sua época, nas fotografias de artistas só se viam chapéus e roupas, mas com ele gostaria que se visse um pouco mais.
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domingo, 20 de maio de 2007

O Captain! My Captain!



O Captain! my Captain! our
fearful trip is done,
The ship has weather'd every
rack, the prize we sought is won,
The port is near, the bells I hear,
the people all exulting,
While follow eyes the steady keel,
the vessel grim and daring;
But O heart! heart! heart!
O the bleeding drops of red,
Where on the deck my Captain lies,
Fallen cold and dead.

O Captain! my Captain! rise up
and hear the bells;
Rise up--for you the flag is flung--
for you the bugle trills,
For you bouquets and ribbon'd
wreaths--for you the shores a-
crowding,
For you they call, the swaying
mass, their eager faces turning;
Here Captain! dear father!
This arm beneath your head!
It is some dream that on the deck,
You've fallen cold and dead.

My Captain does not answer, his
lips are pale and still,
My father does not feel my arm,
he has no pulse nor will,
The ship is anchor'd safe and
sound, its voyage closed and done,
From fearful trip the victor ship
comes in with object won;
Exult O shores, and ring O bells!
But I with mournful tread,
Walk the deck my Captain lies,
Fallen cold and dead.

Whalt Whitman

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sexta-feira, 18 de maio de 2007

Complexidades





















Escher
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Poema do alegre desespero

Compreende-se que lá para o ano três mil e tal
ninguém se lembre de certo Fernão barbudo
que plantava couves em Oliveira do Hospital,

ou da minha virtuosa tia-avó Maria das Dores
que tirou um retrato toda vestida de veludo
sentada num canapé junto de um vaso com flores.

Compreende-se.

E até mesmo que já ninguém se lembre que houve três impérios no Egipto
(o Alto Império, o Médio Império e o Baixo Império)
com muitos faraós, todos a caminharem de lado e a fazerem tudo de perfil,
e o Estrabão, o Artaxerpes, e o Xenofonte, e o Heraclito,
e o desfiladeiro das Termópilas, e a mulher do Péricles, e a retirada dos dez mil,
e os reis de barbas encaracoladas que eram senhores de muitas terras,
que conquistavam o Lácio e perdiam o Épiro, e conquistavam o Épiro e perdiam o Lácio,

e passavam a vida inteira a fazer guerras,
e quando batiam com o pé no chão faziam tremer todo o palácio,
e o resto tudo por aí fora,
e a Guerra dos Cem Anos,
e a Invencível Armada,
e as campanhas de Napoleão,
e a bomba de hidrogénio,
e os poemas de António Gedeão.

Compreende-se.

Mais império menos império,
mais faraó menos faraó,
será tudo um vastíssimo cemitério,
cacos, cinzas e pó.

Compreende-se.
Lá para o ano três mil e tal.

E o nosso sofrimento para que serviu afinal?

António Gedeão

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Às vezes, em dias de luz perfeita e exacta

Às vezes, em dias de luz perfeita e exacta,
Em que as coisas têm toda a realidade que podem ter,
Pergunto a mim próprio devagar
Porque sequer atribuo eu
Beleza às coisas.

Uma flor acaso tem beleza?
Tem beleza acaso um fruto?
Não: têm cor e forma
E existência apenas.
A beleza é o nome de qualquer coisa que não existe
Que eu dou às coisas em troca do agrado que me dão.
Não significa nada.
Então porque digo eu das coisas: são belas?

Sim, mesmo a mim, que vivo só de viver,
Invisíveis, vêm ter comigo as mentiras dos homens
Perante as coisas,
Perante as coisas que simplesmente existem.

Que difícil ser próprio e não ser senão o visível!

Alberto Caeiro

quarta-feira, 16 de maio de 2007

É talvez o último dia da minha vida.

É talvez o último dia da minha vida.
Saudei o Sol, levantando a mão direita,
Mas não o saudei, dizendo-lhe adeus,
Fiz sinal de gostar de o ver antes: mais nada.

Alberto Caeiro