Por
vezes gostava de poder esquecer.
Viver
liberto das peias da memória.
Andar
sem embaraços, em consonância com a exaltação de cada instante.
Berrar
a pleno pulmão a vontade íntima de um segredo que omito.
Desejaria
a espaços ser, o que não sou.
Aniquilar
a responsabilidade.
Deixar
desmoronar a vontade de me consolar na boa consciência dos meus actos.
É na
incongruência da paixão e na inconsequência do ardor em desatino, que me
revejo.
É aí
que se encontra o meu segredo,
quando
na calada da noite enalteço a candura de um olhar,
a
frescura de um sorriso,
o
efeito inebriante de um cheiro
e
repasso diálogos que nunca terei,
de que tiraria consolos e apaziguamentos
ininterruptos.
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